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Após aprovação da Anvisa, terceira fase de testes de vacina chinesa contra coronavírus começa dia 20.

Por G1

Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos por diversas regiões do país. Apenas profissionais de saúde poderão participar do estudo.

O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (6) que o recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa de biotecnologia Sinovac começa na próxima segunda-feira (13).

Na sexta (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisaliberou a nova etapa do projeto realizado pelo laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan. Em todo o Brasil, serão escolhidos 9 mil voluntários distribuídos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal.

Segundo o governador João Doria (PSDB), após o recrutamento, a vacina deve começar a ser aplicada nos voluntários no dia 20 de julho.

Apenas profissionais de saúde que estejam na ativa poderão participar do estudo. Outros pré-requisitos são que os voluntários não tenham se contaminado pela Covid-19 anteriormente, mulheres não estejam grávidas ou planejem engravidar nos próximos três meses, e que os voluntários morem perto de um dos 12 centros de pesquisa que conduzirão o projeto.

“A inscrição será obrigatoriamente para profissionais de saúde, médicos, paramédicos, enfermeiros, os que estão atuando e os que já atuaram. Com a autorização da Anvisa, começaremos o processo de testagem a partir do dia 20 de julho”, disse Doria em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes.

“No mundo são 136 vacinas em desenvolvimento, 12 em estudos clínicos. Desses 12, apenas 3 estão na fase chamada fase 3. Então, a partir da aprovação da Anvisa, nós nos credenciamos como uma das 3 vacinas que têm grande chance de chegar ao público muito rapidamente”, afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

De acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para a produção da vacina. A capacidade de produção é de até 100 milhões de doses. O acordo com o laboratório chinês prevê que, se a vacina for efetiva, o Brasil ficará com 60 milhões de doses para distribuição.

A parceria havia sido anunciada no dia 11 de junho. Na ocasião, Doria disse que, se comprovada a eficácia e segurança da vacina, ela será disponibilizada no SUS a partir de junho de 2021.

Esses novos testes da fase 3 da CoronaVac, nome da vacina, serão feitos em larga escala e precisam fornecer uma avaliação definitiva da eficácia e segurança, isto é, a vacina precisa ser capaz de criar anticorpos para imunizar contra a Covid-19.

Instituto Butantan — Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Instituto Butantan — Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Etapas

Em nota, a Anvisa informou que as fases 1 e 2, feitas em humanos saudáveis e em animais, demonstraram bons resultados com o esquema de duas doses da vacina.

Este é o segundo teste de vacina contra a covid-19 liberado pela Anvisa no país. No dia 2 de junho, a Agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.

CoronaVac

A vacina da Sinovac já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).

Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec.

*Com supervisão de Cíntia Acayaba

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