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Governo de SP define 12 centros de aplicação dos testes clínicos da vacina contra o coronavírus no estado

Por G1

O governo de São Paulo definiu os 12 centros onde serão aplicados os testes clínicos da vacina contra o coronavírus no estado. A Coronavac, como é chamada a vacina desenvolvida por um laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, vai imunizar 9 mil voluntários durante a fase de testes clínicos, a terceira fase da vacina.

“O governo do estado de São Paulo espera para essa semana a aprovação da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para que os centros iniciem os testes imediatamente após essa autorização”, disse o governador João Doria (PSDB). A capacidade de produção do Instituto Butantan é de 100 milhões de dose da vacina. Outros 60 milhões de dose viriam da China.

Doria também mencionou a parceria do governo federal com a Universidade Oxford para a produção de outra vacina contra a Covid-19. “E nós estaremos caminhando simultaneamente com a vacina de Oxford, da Astrazena, que começa sua testagem também nos próximos dias. Tanto melhor pro Brasil ter duas boas, produtivas e corretas vacinas, mais pessoas vacinadas, mais pessoas imunes, ganha o Brasil, ganha a saúde do nosso país, ganha a população brasileira”.

Na cidade de São Paulo, os testes serão conduzidos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Instituto de Emílio Ribas e Hospital Albert Einstein.

Os centros definidos no restante do estado estão na Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Hospital das Clínicas da Unicamp (Campinas), Faculdade de Medicina de Rio Preto e o Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.

As pesquisas serão realizadas em outros cinco lugares fora do estado: na Universidade de Brasília (UnB), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos da Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital São Lucas da PUC do Rio Grande do Sul e Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Na sua sede em Pequim, na Chuna, o laboratório Sinovac Biotech aplicou a vacina em cerca de mil voluntários nas fases 1 e 2.

Para a parceria, o governo investiu R$ 85 milhões. De acordo com o presidente do Instituto e membro do comitê de contingência para Coronavírus do governo, Dimas Tadeu Covas, a atual fase em que o estudo se encontra sinaliza a eficácia da vacina.

Testes

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, disse que após a eficácia da vacina ser comprovada por um instituto internacional, a vacina passa para a fase de registro e imunização da população.

“A vacinação nesses nove mil voluntários será na produção um pra um, ou seja, uma pessoa recebe a vacina, a outra recebe uma substância chamada placebo, ela é inócua e tudo isso é acompanhado durante um tempo por um organismo internacional que verifica os dados”, explicou.

Segundo Dimas Covas, o acompanhamento dos voluntários será permanente e que “é provável que antes do fim do ano nós já tenhamos esses resultados”.

Os critérios para a escolha dos voluntários serão apresentados na próxima semana.

Vacina

A vacina da Sinovac Biotech já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).

Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec.

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