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Picada à vista: escorpiões estão aumentando
País tem aumento preocupante de picadas e reclamações crescem também em São José
Segundo reportagem da revista Veja de 6 de fevereiro, o Brasil registrou no ano passado 141 mil picadas de escorpião. A maioria delas ocorreu nas zonas urbanas. O número representa um aumento de 13% em relação a 2017, mas quando se compara a atual quantidade de casos com a de uma década atrás, o salto é de espantosos 169%. Isso fez com que o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, de São Paulo, firmassem uma parceria para orientar profissionais de saúde pública e Prefeituras do país sobre como evitar a proliferação do aracnídeo.
Um dos profissionais que esteve em São Paulo para receber orientações no Butantan foi Luiz Fernando de Andrade Dias Nogueira, chefe do serviço do Centro de Controle de Zoonoses de São José do Rio Pardo. Ele confirmou à Gazeta do Rio Pardona quinta-feira, dia 7, que as reclamações de moradores contra escorpiões na cidade “têm sido frequentes”, especialmente na Vila Formosa (por causa do cemitério municipal) e nos locais onde há telhas e tijolos abandonados.
“Não háum veneno ou inseticida específico que combata o escorpião e ouvi isso de um biólogo do próprio Instituto Butantan, onde estive para ser orientado”, confirmou. “Essa infestação de escorpiões vem acontecendo em todo o estado de São Paulo devido ao forte calor das últimas semanas e àsrecentes chuvas”.
Calor e chuva, aliás, fazem proliferar as baratas e estas, por sua vez, atraem os escorpiões. “Sendo um animal de hábitos noturnos, o escorpião sai à noite para procurar seu principal alimento, que são as baratas”, prosseguiu o chefe da Zoonoses.
Áreas de risco
Em São José do Rio Pardo existem áreas de risco de infestação de escorpiões e elas estão, como já mencionado anteriormente, no cemitério municipal, mas também nas proximidades deferro-velhos e de entulhos. O problema é que os escorpiões podem entrar nas casas de qualquer bairro da cidade e, quase sempre, fazem isso pela rede de esgotos, podendo então se alojar dentro de sapatos, roupas, chapéus, armários etc.
“Eles não gostam muito de sol e procuram sempre os lugares escuros. Procuram sempre estar abrigados em tijolos, telhas, materiais de construção, madeiras, que são ótimos abrigos para o escorpião”, alertou Luiz Fernando, lembrando que a melhor atitude continua sendo a prevenção. Isso implica em limpeza de terrenos e eliminação de materiais que atraiam o aracnídeo.
Luiz Fernando recomenda que os rio-pardenses que encontrarem escorpiões em suas residências liguem para o Centro de Controle de Zoonoses, que enviará duas pessoas para o local a fim de descobrir de onde esses animais estão saindo.
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Luiz Fernando, chefe do serviço do Centro de Controle de Zoonoses: prevenção ainda é o melhor
Dez das 160 espécies de escorpiões no Brasil são mais perigosas e podem até matar
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Informações básicas sobre escorpião
- Existem 160 espécies de escorpiões no Brasil, sendo que 10 causam envenenamento grave em pessoas;
- A picada causa dor local, intensa e imediata, com sensação de queimação, agulhada e latejamento; se o escorpião é peçonhento, a vítima tem vômitos, suor forte e queda drástica de pressão arterial;
- A recomendação médica é limpar o local com água e sabão e procurar o hospital imediatamente;
- Nunca fazer torniquete e evitar colocar gelo ou água gelada, que acentuam a sensação dolorosa;
- O tratamento consiste na aplicação de analgésicos injetáveis para aplacar a dor;
- O risco de morte existe, embora pequeno; em 10% dos casos o veneno pode afetar seriamente o sistema nervoso central, provocando arritmias, diarreias fortes, acúmulo de fluidos nos pulmões e confusão mental;
- Mantenha terrenos baldios, quintal e a casa sempre limpos, a grama baixa e evite acúmulo de lixo.
Fonte: Revista Veja
