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Governo de SP determina restrição de circulação das 23h às 5h em todo o estado a partir de sexta-feira- Brasil bate recorde de mortes por Covid-19 registradas nas últimas 24 horas: 1.582

Por UOL

O consórcio de veículos de imprensa divulgou novo levantamento da situação da pandemia de coronavírus no Brasil a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, consolidados às 20h desta quinta-feira (25).

O país registrou 1.582 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, a maior marca anotada até aqui, chegando ao total de 251.661 óbitos desde o começo da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos 7 dias foi de 1.150É o segundo recorde seguido registrado nessa média. A variação foi de +8% em comparação à média de 14 dias atrás, indicando tendência de estabilidade nos óbitos pela doença.

O recorde anterior de número de mortes em 24 horas foi registrado em 29 de julho do ano passado, quando chegou a 1.554. Na ocasião, o número foi puxado por acúmulo devido à não divulgação de dados de SP na véspera.

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 10.393.886 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 67.878 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 52.177 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +15% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade também nos diagnósticos.

A média de casos voltou a ficar acima da marca de 50 mil por dia após pouco mais de três semanas, e a tendência está no limite da estabilidade; acima de 15% configura alta.

Doze estados estão com alta nas mortes: PR, RS, SC, RJ, AC, PA, BA, CE, MA, PB, PI e RN.

Brasil, 25 de fevereiro

  • Total de mortes: 251.661
  • Registro de mortes em 24 horas: 1.582
  • Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.150 (variação em 14 dias: +8%)
  • Total de casos confirmados: 10.393.886
  • Registro de casos confirmados em 24 horas: 67.878
  • Média de novos casos nos últimos 7 dias: 52.177 por dia (variação em 14 dias: +15%)
  • 9.323.696 milhões de pessoas recuperadas

Governo de SP determina restrição de circulação das 23h às 5h em todo o estado a partir de sexta-feira.

Segundo governador João Doria, medida irá até o dia 14 de março foi tomada após recorde de pacientes com Covid-19 internados em UTI. Gestão afirma que fará força-tarefa de fiscalização com integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon.

O governo de São Paulo determinou restrição de circulação das 23h às 5h em todo o estado. A regra entra em vigor a partir desta sexta-feira (26) e vale até o dia 14 de março.

Anunciada nesta quarta (24), a medida é complementar ao plano de flexibilização econômica, o chamado Plano São Paulo. A medida foi tomada após o estado registrar o maior número de pacientes com Covid-19 internados em UTI desde o início da pandemia. O governo teme que os leitos se esgotem em 22 dias.

O cumprimento da restrição de circulação deve ser fiscalizada por uma força-tarefa composta por integrantes das vigilâncias sanitárias, Polícia Militar e Procon (leia mais abaixo).

Principais pontos da nova medida

  • Serviços essenciais, como postos de gasolina, transporte público e supermercados, podem funcionar no horário de restrição.
  • Bares, restaurantes e comércios não podem operar no horário. No entanto, esses estabelecimentos já eram restritos pelo Plano SP, e devem fechar às 20h ou às 22h, a depender da região do estado.
  • Escolas públicas e particulares podem funcionar seguindo os protocolos já estabelecidos.
  • Na prática, governo diz que vai endurecer fiscalizações no horário das 23h às 5h.
  • Polícia vai fazer blitze de orientação à noite, mas não serão aplicadas multas para pessoas que estiverem nas ruas após as 23h.

A criação de um horário de restrição foi, segundo o governador, orientada por médicos e cientistas que fazem parte do comitê de saúde do governo estadual.

“Dado o fato de que chegamos a um recorde de internados com Covid-19 no sistema hospitalar, o governo de São Paulo, atendendo expressa recomendação do centro de contingência, decreta restrição de circulação de pessoas das 23h às 5h em todo o estado”, disse o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa nesta quarta (24).

 João Doria, (PSDB) Governador de São Paulo, participa de coletiva de imprensa para falar sore o combate ao Coronavírus, (Covid-19) no Palácio dos Bandeirantes, nesta quarta feira (24).   — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

João Doria, (PSDB) Governador de São Paulo, participa de coletiva de imprensa para falar sore o combate ao Coronavírus, (Covid-19) no Palácio dos Bandeirantes, nesta quarta feira (24). — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Doria destacou que a medida não é equivalente a um ‘lockdown’, quando as pessoas são efetivamente proibidas de circular.

“O transporte público não será interrompido. Ele será restringido, limitado, mas não será interrompido. Não vamos punir as pessoas que estejam retornando para casa. É um toque de restrição, não é lockdown”, disse o governador.

O que muda

Embora o governo estadual tenha defendido que a nova medida será eficaz para coibir aglomerações em bares e festas clandestinas, que costumam ocorrer no período noturno, a restrição de circulação tem pouco efeito prático porque as restrições do Plano São Paulo já impedem o funcionamento de serviços não essenciais após as 22h.

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhado de sua equipe, durante coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, na tarde desta quarta-feira (24) — Foto: VINICIUS NUNES/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO

O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhado de sua equipe, durante coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, na tarde desta quarta-feira (24) — Foto: VINICIUS NUNES/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO

O governo afirmou, porém, que desta vez fará uma força-tarefa para ampliar a fiscalização dos estabelecimentos, mas não esclareceu o que será feito com o cidadão que desrespeitar as novas medidas. As vigilâncias sanitárias, a Polícia Militar e o Procon devem integrar a força-tarefa.

“Há uma força tarefa de fiscalização, para que essas medidas sejam seguidas por todos. Isso vai ser feito em conjunto pelas vigilâncias sanitárias municipais e do estado, pela Polícia Militar e pelos Procons. E aqui temos o 0800 para denúncias da população [0800-771-3541]”, afirmou o coordenador do centro de contingência, o médico Paulo Menezes.

Os médicos que participam do comitê de saúde do governo disseram que os comportamentos da população à noite são mais arriscados para a propagação do vírus. No entanto, os porta-vozes não apresentaram estudos que analisem as taxas de contaminação no estado em diferentes horários.

Governo de São Paulo faz coletiva de imprensa para falar sore o combate ao coronavírus e apresenta telas com novas medidas de restrição em SP — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Governo de São Paulo faz coletiva de imprensa para falar sore o combate ao coronavírus e apresenta telas com novas medidas de restrição em SP — Foto: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, o direito de ir e vir não será restringido, mas passa a haver multa para descumprimento de protocolos, para além da multa já estabelecida para quem não usa máscara.

A secretária, no entanto, não esclareceu quais multas novas serão aplicadas.

“Não vamos penalizar de forma alguma quem está trabalhando e cumprindo protocolos. Essa é uma mensagem pedagógica e simbólica para a população porque, até hoje, as multas eram restritas ao uso de máscaras e não ao descumprimento do Plano SP”, afirmou.

“Isso muda, e isso é muito importante. Nós vamos ter uma fiscalização que vai estar muito mais concentrada em verificar aglomerações, não apenas estabelecimentos comerciais”, completou.

Novas doses das vacinas de Oxford e CoronaVac: veja a distribuição por estado

Na terça, 3,2 milhões de unidades dos novos imunizantes foram entregues por fabricantes ao governo federal. Ministério da Saúde ainda não divulgou calendário de distribuição. Estados deverão reservar a segunda dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de 2 a 4 semanas depois da primeira.

O Brasil recebeu, na terça-feira (23), 3,2 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19: 2 milhões são de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca e 1,2 milhão da CoronaVac.

Veja, abaixo, a distribuição por estado. As informações constam em documentos do Ministério da Saúde obtidos pela reportagem da TV Globo:

Doses de vacina/UF

EstadoDOSES OXFORDDOSES CORONAVACTOTAL
BRASIL2.000.0001.200.0003.200.000
Rondônia4.0001.4005.400
Acre13.5008.40021.900
Amazonas78.00042.000120.000
Roraima1.5001.0002.500
Pará61.00037.20098.200
Amapá2.0008002.800
Tocantins3.5002.4005.900
NORTE163.50093.200256.700
Maranhão49.50029.60079.100
Piauí25.50015.40040.900
Ceará80.50049.200129.700
Rio Grande do Norte35.50019.40054.900
Paraíba39.50023.80063.300
Pernambuco82.00048.000130.000
Alagoas24.00013.40037.400
Sergipe16.5009.00025.500
Bahia129.50079.200208.700
NORDESTE482.500287.000769.500
Minas Gerais220.000137.400357.400
Espírito Santo38.00023.00061.000
Rio de Janeiro196.000118.800314.800
São Paulo480.500278.600759.100
SUDESTE934.500557.8001.492.300
Paraná102.50064.800167.300
Santa Catarina59.50048.200107.700
Rio Grande do Sul135.00084.200219.200
SUL297.000197.200494.200
Mato Grosso do Sul22.50013.20035.700
Mato Grosso21.00011.80032.800
Goiás53.50028.80082.300
Distrito Federal25.50011.00036.500
CENTRO-OESTE122.50064.800187.300

Fonte: Documentos obtidos pela reportagem da TV Globo

O Ministério da Saúde não informou quando as doses chegarão a cada estado. O G1 questionou a pasta sobre o cronograma, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

Em nota, a pasta informou que os estados deverão reservar a segunda dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de 2 a 4 semanas depois da primeira. A orientação é diferente de outra, anterior, que o Ministério da Saúde divulgou – de usar todas as doses de vacinas como primeira dose.

Já as doses da vacina de Oxford entregues correspondem todas à primeira aplicação – porque a segunda dose só é aplicada 12 semanas depois da primeira. Ambas as vacinas são aplicadas em duas doses.

O ministério disse ainda que a chegada das doses “vai permitir a ampliação da vacinação para outros grupos prioritários”, como pessoas de 85 a 89 anos, de 80 a 84 anos, 3.837 indígenas e 8% dos trabalhadores da saúde.

A pasta acrescentou que, devido à situação da pandemia no Norte do país, a região vai receber 5% do total de doses de vacinas em cada fase de distribuição. Desse total, 70% vão para o Amazonas, 20% para o Pará e 10% para o Acre, para atender os seguintes grupos prioritários:

  • Amazonas: 86.667 pessoas entre 60 e 69 anos
  • Pará: 24.762 pessoas entre 80 e 84 anos
  • Acre: 12.381 pessoas entre 70 e 84 anos

Em relação às datas, o informe técnico divulgado pelo Ministério nesta quarta-feira (24) informa apenas que prevê o envio de mais de 200 milhões de doses até julho.

Vacinas em falta

As novas doses representam, para alguns estados, o primeiro grande carregamento desde a distribuição inicial de vacinas pelo país. Várias cidades tiveram que suspender ou restringir a vacinação por falta de doses.

Até agora, apenas 6 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das duas vacinas. O total representa menos de 8% das cerca de 77 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários de imunização, e menos de 3% da população do país.

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