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Comitê de Crise mantêm a quarentena

                       Sem flexibilização

Comitê de Crise mantêm a quarentena

“A prioridade do prefeito, e a prioridade do pessoal da área da saúde, é a vida”, disse dr. Marcelo Galotti

Em entrevista para a Rádio Difusora, na manhã de 30 de março, o prefeito dr. Ernani Vasconcellos e o médico infectologista, dr. Marcelo Galotti, se reuniram para explicar o motivo da não flexibilização das medidas decretadas pela prefeitura. Citaram ainda, que o fechamento do comércio permanecerá até quando for necessário.

“Fizemos uma reunião hoje, com representantes do comércio, ACI, o pessoal da vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, com os médicos do hospital e do Pronto Socorro. Com essa reunião que fizemos, teria talvez, a possibilidade de ter uma flexibilidade, mas diante de todos os fatos, não foi possível ainda”, contou Ernani.

“Nessa reunião, foram colocadas várias possiblidades, e é claro que o prefeito e todos nós, somos sensíveis para que resolva logo essa situação. Entretanto, é uma situação de pandemia, é uma situação nova, que envolve vida de pessoas. Alguém disse, com muita propriedade, que a economia, você resgata, o morto você não ressuscita. Embora todos nós somos sensíveis e entendemos que todos estão pagando um preço desagradável, a prioridade do prefeito, e a prioridade do pessoal da área da saúde, é a vida”, destacou o dr. Marcelo Galotti.

Exemplos internacionais

“Temos alguns exemplos do que vem acontecendo, você pega a China que tem 1 bilhão e quatrocentos mil habitantes, e tem um número de mortos inferior ao da Itália, que tem 70 milhões de habitantes. Por que isso? Porque no início, quando essas providências deveriam ser tomadas, o prefeito de Milão disse que a cidade não pararia. Agora a mortalidade da Itália é algo extremamente preocupante e o sistema de saúde está congestionado. Um caso idêntico aconteceu na Espanha, quatro dias antes das atitudes serem tomadas foi permitida uma reunião de 200 mil populares na rua. Hoje, a Espanha tem uma mortalidade maior do que a da Itália, e maior que a da China. Temos uma clareza de que, por pior que seja esse isolamento domiciliar, essa atitude é fundamental para que vidas sejam preservadas”, afirmou o médico.

Na foto, o prefeito Dr. Ernani Vasconellos e o médico Dr. Marcelo Galotti

São Paulo

“No estado de São Paulo, onde o governador foi corajoso, e decidiu fechar tudo, já ouve uma resposta em relação ao número de casos e a mortalidade. Com isso, você consegue organizar o sistema de saúde, consegue fazer um hospital no Pacaembu, e melhorar a rede hospitalar”, completou o infectologista.

Sem flexibilização

“Não temos outra saída. Entendemos todas as queixas, compreendemos a dificuldade de todo mundo, entretanto, com dados técnicos, baseados na OMS (Organização Mundial da Saúde), no Ministério da Saúde e na Secretaria de Saúde Estadual, nós não podemos abrir mão de uma atitude que vem dando certo no mundo”, ressaltou ele.

O prefeito concordou e completou: “Temos que agradecer a população, que aderiu a esse isolamento e o resultado está aqui. Não temos nenhum caso internado na Santa Casa (até a data da entrevista, dia 30 de março) ou no Pronto Socorro, com coronavírus”.

“Está claro para nós: em São José do Rio Pardo temos um caso confirmado e esse único caso é importado, não é da cidade. Está dando tempo da Santa Casa fazer reuniões, de reformarmos locais do Pronto Socorro para aumentar a UTI, colocar respiradores. Se flexibilizarmos as medidas, corre o risco de dispararmos a epidemia na cidade e causar um congestionamento, fazendo com que a gente não consiga atender os rio-pardenses”, observou dr. Marcelo.

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Reuniões do Comitê de Crise têm sido diárias

“É importante as pessoas saberem que nos reunimos todos os dias, é muito dinâmico, porque a evolução é muito rápida. Por isso nos propusemos a nos reunir todos os dias e ao sinal de qualquer outra modificação, podemos tomar novas atitudes. Temos que lembrar que somos regidos não só pelo decreto do prefeito, mas pelo estadual e federal, que é o Ministério Público”, disse Ernani.

“E ele fica cobrando isso para tomarmos as atitudes certas. Para nós que estamos à frente, nos baseamos muitos nas evidências, em tudo o que está ocorrendo no decorrer dos dias, para tomarmos algumas ações. Assim que tivermos alguma evolução, seja ela negativa ou positiva, vamos vir de novo até os meios de comunicação para informar a população”, prometeu.

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Vacinas da gripe contribuem para amenizar o problema

“A medida que conseguimos de alguma forma atenuar a incidência de coronavírus, conseguimos fazer uma vacinação para evitar a Influenza. Imagina nessa fase, que estamos preocupados com o congestionamento na área da saúde, termos também a Influenza. Como a vacina foi muito antecipada, ela tem chegado parcialmente. A medida que recebemos as doses, as pessoas são avisadas e consumimos o número de doses que temos. Receberemos mais 1.400 doses, e isso será divulgado. Com isso, tiramos uma doença de alta incidência, e que também é grave, das unidades de saúde”, finalizou dr. Marcelo.

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