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Germek é líder em motobomba de incêndio

Germek é líder em motobomba de incêndio

Empresa rio-pardense é a maior da América Latina neste segmento, diz Márcio

 

O empresário Márcio Germek foi entrevistado por Henrique Torres no programa Questão de Oportunidade, da rádio 88+FM, e falou da Germek Equipamentos e Locação, que tem sede na avenida Brasil, 1001 e hoje é a maior da América Latina na produção de motobombas para incêndio.

Dentre outras coisas, Márcio Germek contou que anos atrás teve uma demanda por uma máquina movida a gás, sendo que a Germek Equipamentos trabalhou sempre com motores a diesel. Isso levou a empresa a perceber que poderia estar ali a abertura de uma oportunidade por novas demandas neste segmento.

“O segmento de gás e biogás é mais restrito, demanda mais engenharia, mas entramos neste mercado e estamos nos dando bem, vendendo bastante máquinas. Vendemos aqui na região e também no Paraná, Minas e lugares onde há criação de bovinos, suínos e frangos também, além de vinhaça de cana, que também produz biogás”, detalhou.

Ele explicou que o gás metano produzido por tais fontes energéticas é proveniente do estrume desses animais. A Germek, porém, ficou focada na limpeza desse gás, para torná-lo o menos corrosivo possível.

O início

A Germek, segundo Márcio, começou em 1982 com o pai dele, atuando em irrigação convencional. De lá para cá o sistema mudou muito e hoje tem o pivô central ou linear, com a irrigação localizada e gotejamento ou microaspersor.

“A mais eficiente é a irrigação localizada, na faixa de 92% ou 93%, e o pivô, na faixa de 90%. A vantagem do pivô é que o custo a longo prazo fica mais barato, porque dura entre 20 a 30 anos. Já a irrigação localizada requer uma troca de mangueiras a cada 10 anos, sem contar o passivo ambiental também das mangueiras na terra, que, dependendo do sistema, não se consegue tirar. E o custo horário é quase o dobro”, continuou.

Márcio assegura que, independente do sistema escolhido e da cultura plantada, a irrigação sempre aumenta a produtividade. Citou um exemplo: no Nordeste a produção de cana por hectare, sem irrigação, é de 47 a 48 toneladas, enquanto que, com irrigação, a média salta para 97 toneladas por hectare. Nos estados de São Paulo, Minas e Goiás, a produção é maior, já começando com 80 toneladas/hectare sem irrigação; com irrigação, 120 a 130 toneladas/hectare.

O empresário rio-pardense ressalva que a maior resistência por parte dos produtores quanto aos equipamentos é por conta do valor necessário para a compra dos mesmos. Mas há também outros dois fatores que afetaram o setor de uns tempos para cá: licença ambiental e outorga de água. Todo agricultor precisa ter as duas coisas e ambas são muito demoradas e burocráticas.

“No Brasil hoje existem 6 milhões de hectares irrigados. E existem áreas que totalizam 68 milhões de hectares que podem ser irrigados”, o que, segundo calculou, poderia transformar o país no líder mundial ou um dos líderes mundiais na produção de grãos (soja, milho etc). Os entraves burocráticos citados acima, porém, atravancam isso.

Cobrador

Quando tinha 14 anos de idade Márcio Germek começou a trabalhar de cobrador. Fazia cobranças para uma empresa envolvida com carnê e para o Hotel Paulista (de sua mãe). Depois foi para São Paulo estudar e trabalhar. Trabalhou quatro anos na Rede Globo, atuando na parte técnica. Uma noite, porém, passeando de motocicleta, sofreu um acidente e quebrou braço e nariz.

O pai dele foi visitá-lo no hospital e sugeriu que montassem uma empresa de irrigação em São José do Rio Pardo. Ambos e mais o irmão de Márcio, Rui Germek, iniciaram a atividade num prédio alugado na rua Campos Salles esquina com a João Gabriel Ribeiro.

Em 1990 eles contrataram uma pessoa de São Paulo especializada em motobomba de incêndio e o mercado se abriu para os Germek. Começaram a comprar motores a diesel, que se tornaram a especialidade da empresa, iniciando com motores Mercedes, depois MWM, Scania e Volvo.

“Hoje, neste segmento de motobombas de incêndio, somos a maior empresa da América do Sul. Temos uma equipe de engenharia altamente focada, que desenvolve produtos quase que exclusivos. Atendemos empresas como a Petrobras, Shell, Ipiranga e outras. Temos esta expertise na área de construção de painéis e de adequação de normas porque a questão de incêndio é cheia de normas, sejam elas americanas, inglesas. As seguradoras que acompanham isso indicam o tipo de norma que querem para aquele segmento”.

Contrato

Márcio conta que a Germek Equipamentos assinou recentemente um contrato com a MWM, fabricante de motores a diesel, para exportar grupos geradores para a Argentina, Bolívia e Colômbia. A ideia da MWM, segundo o empresário rio-pardense, é estender isso para o próprio Brasil, Oriente Médio, África do Sul. A médio prazo há intenção de exportar também grupos motobombas.

Questionado sobre custos, Márcio explicou que o gerador a diesel custa R$ 0,70 por quilowatt gerado, enquanto o gerador a gás custa R$ 0,18, já incluindo a depreciação da máquina (só que esta é mais cara que aquela). A demanda, no entanto, depende da produção de gás natural, que ainda não existe no Brasil – que importa o produto da Bolívia com o nome de GNV.

Quanto ao biogás, cuja máquina é menor, está em crescimento no Brasil. A Germek negociou há pouco tempo três máquinas de biogás com um empresário rio-pardense do Distrito Industrial.

 

A Germek tem planos para o futuro. Hoje, 35% de seu faturamento são oriundos da venda de motobombas para incêndio, 30% de motobombas agrícolas e o restante é de negócios envolvendo geradores a diesel, a biogás, a gás e algumas outras máquinas especiais. “Vamos continuar nesses segmentos, mas muito atentos para o mercado externo”, salientou o empresário.

Mensagem

Solicitado a deixar um recado aos que querem empreender algum negócio, Márcio Germek deu a seguinte declaração: “O que eu tenho pra dizer é: nunca desista do seu sonho, mas é muito difícil você ser empresário no Brasil. Na hora em que você acha que está dando uma melhorada, vem alguém e te dá uma sarrafada. Então, durante muitos anos era comum lá na empresa, eu e o Rui e os funcionários ficarmos à noite e de madrugada carregando caminhão, tirando nota fiscal. Era bem comum isso. Se não for desse jeito, com muito trabalho, e hoje em dia mais difícil ainda porque você tem que ter muita sabedoria, fazer muitos cursos para estar sempre atualizado e buscar novas coisas porque dentro do seu negócio você vai ficando para trás. Infelizmente, digo isso, tem que trabalhar a vida inteirinha e não tem moleza. Mas é compensador. Estamos com mais de 90 funcionários e quando você escuta de um deles, que já trabalhou em grandes empresas: ‘Este é o melhor lugar que já trabalhei na minha vida’. Isso é bastante gostoso, dá um orgulho na gente. Alguns que saíram, nós demos apoio para montarem seu próprio negócio e hoje são fornecedores da empresa. Pagamos universidade para vários deles, a gente proporciona cursos de alta tecnologia, já mandamos funcionários para o exterior. O prazer da vida é isso aí, servir os outros e ficar bem com você mesmo”.

 

 

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