Município registra mais 4 casos e Sem dados, SP diz que CoronaVac tem eficácia para pedir uso emergencial.
A Vigilância Epidemiológica divulgou na tarde desta quarta-feira (23), mais um boletim informativo da covid-19, em São José do Rio Pardo (SP). De acordo com as informações, mais 4 casos foram diagnosticadas com a doença e agora município está com 1346 positivos, sendo que destes 1259 estão recuperados.
As notificações aumentaram de 3712 para 3714, o número de monitorados diminuiu de 87 para 73, os negativados aumentou de 2306 para 2309 e aguardando resultados de exames diminuiu de 64 para 59. O município está com 29 óbitos confirmados e uma morte suspeita.
O boletim mostra que nenhuma pessoa está hospitalizada em quarto na Santa Casa. Duas pessoas estão hospitalizadas na UTI da Santa Casa, sendo uma de São José do Rio Pardo e uma de Tapiratiba. Um rio-pardense está hospitalizado em quarto de hospital em outro município.
Para evitar esse aumento, as pessoas tem que ter conscientização sobre os cuidados necessários que devem tomar: lavar sempre as mãos, usar álcool em gel, usar máscara e manter o distanciamento.
A Vigilância Epidemiológica informa a população que estiverem com sinais ou sintomas suspeitos, para procurarem atendimento o quanto antes. Os atendimentos dos casos suspeitos continuam sendo no PPA Central, Pediatria e Pronto Socorro.
Já para as consultas de rotina nas Unidades de Saúde, procurar chegar para atendimento no horário marcado usando máscara e obedecendo o distanciamento, se possível sem acompanhante. Lembrando sempre de higienizar as mãos o quanto necessário.
De acordo com o mapeamento realizado pela VE, além da Zona Rural, 37 bairros foram registrados com casos de covid-19 no município: Carlos Cassucci, Eduardo Cassucci, Centro, Buenos Aires, Portal Buenos Aires, Jardim Eunice, Jardim Santa Tereza, Vila Formosa, Vila Pereira, Domingos de Sylos, Vila Maschietto, Vale do Redentor, Jardim Aeroporto, Vila Brasil, Maria Maldonado, Parque Beira Rio, Nova Esperança, Natal Merli, Chico Xavier, Jardim São Roque, Condomínio São José, Portal Boa Vista, Santo Antônio, Colina Verde, João de Oliveira Machado, Colina São José, Jardim Santos Dumont, Santa Luzia, Agenor Taddei, Bela Vista, Bonsucesso, Isidoro Bovo, Jardim Mercedes, Jardim dos Pomares, Distrito Industrial, Jardim São Bento e Jardim São Domingos.
Fonte – facebook da Prefeitura Municipal
Confiram abaixo os dois últimos boletins da Vigilância Epidemiológica para conferências
Por UOL
Sem dados, SP diz que CoronaVac tem eficácia para pedir uso emergencial.
O governo de São Paulo e o Instituto Butantan anunciaram hoje que a vacina CoronaVac, contra covid-19, produzida em parceria com o laboratório SinoVac, apresentou segurança e eficácia suficientes para pedir registro de uso emergencial. A porcentagem dessa eficácia, porém, não foi divulgada a pedido do laboratório chinês. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) só deve receber os dados em até 15 dias, quando analisará as informações e decidirá se aprova o uso do imunizante em território nacional.
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, prometeu que o atraso na divulgação dos resultados da fase 3 de testes não interferirá no prazo de aprovação da vacina. O objetivo, disse, é que os dados sejam comparados a resultados de pesquisas em outros países, evitando que o imunizante tenha diferentes índices de eficácia anunciados.
Essa solicitação da Sinovac tem respaldo no contrato e só podemos divulgar esse número em conjunto. E vamos fazer no tempo oportuno. Esperamos que seja o mais rápido possível Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan Apesar de não divulgar os números, o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, garantiu que a vacina atingiu “a superioridade de eficácia” exigidos “tanto pela Anvisa quanto pela OMS”.
Questionado se a ausência de dados reflete decepção nos resultados, Gorinchteyn negou, mas disse que o objetivo sempre foi que a eficácia superasse 50%.
“Se fosse 51% para nós já era importante, principalmente no momento em que vivemos uma crise sanitária”, afirmou. Sobre as reações adversas da vacina, Covas garantiu que o imunizante registrou manifestações adversas leves, “como dor no local da injeção”.
Do ponto de vista de segurança, os dados estão disponíveis. Mostra que esta [vacina] é, no Brasil, a mais segura sem duvida nenhuma Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan O diretor do Butantan afirmou ter conversado com a Anvisa sobre o assunto.
As tratativas foram com Gustavo Mendes, diretor da área de estudos, que lhe fez um pedido: “Que avisasse com certa antecedência quando esses dados estivessem sendo disponibilizados para Anvisa, para que ele se preparasse para fazer a análise o mais rapidamente possível”
Início da vacinação
O governo de São Paulo divulgou recentemente seu PEI (Programa Estadual de Imunizações) e marcou o início da vacinação para o dia 25 de janeiro, data que foi mantida apesar do atraso de hoje. O governo já admitiu que isso pode começar antes se a CoronaVac for adquirida oficialmente pelo Ministério da Saúde, para fazer parte do PNI (Programa Nacional de Imunizações).
“Todo planejamento com relação à vacinação continua igual”, garantiu o secretário. “Nós temos a superioridade de 50%, o que dá a tranquilidade de podermos consagrá-lo no Programa Estadual.
A produção das doses está acontecendo aqui na fábrica do Butantan e iniciaremos nosso programa estadual de imunizações no dia 25 de janeiro Jean Gorinchteyn, Secretário Estadual de Saúde Depois de muitas discussões e polêmicas públicas sobre a CoronaVac, o Governo Federal tem negociado com o Instituto Butantan para comprar doses da vacina. Um contrato já está praticamente fechado e prevê a compra de 46 milhões de doses.
A entrega deve acontecer em 3 partes: 9 milhões de doses em janeiro, 15 milhões em fevereiro e 22 milhões em março. Além disso, existe outra negociação para compra de mais 100 milhões de doses, que seriam entregues até o final do 1º semestre de 2021.
O Ministério da Saúde não fez previsão de uma data para começar a vacinação. Mas de acordo com o PNI, depois que a Anvisa der o aval para qualquer vacina, e as doses estiverem disponíveis, a distribuição dos imunizantes acontecerá em no máximo 5 dias.
Discussões e polêmicas
A CoronaVac foi negociada e comprada diretamente pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Isso tem gerado sucessivas polêmicas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vê o tucano como possível adversário nas eleições presidenciais de 2022. Ambos alegam que o adversário está fazendo uso político da vacina.
O auge dessa discussão aconteceu em outubro, quando o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou um documento em que manifestava interesse de comprar a CoronaVac. No dia seguinte, Bolsonaro disse que ia cancelar esse ofício e afirmou que não compraria a vacina. O presidente alegou que não confiava no imunizante porque ele vinha da China.
Durante a realização da fase 3 de testes, quando houve uma interrupção por causa da morte de voluntário, Bolsonaro chegou a comemorar a suspensão, escrevendo nas redes sociais que era uma vitória contra Doria. Depois ficou comprovado que a morte foi por suicídio e não teve relação com a vacina.
Recentemente, em um evento oficial do Ministério da Saúde, Bolsonaro afirmou que comprará qualquer vacina que for aprovada pela Anvisa. Apesar disso, tem feito campanha para que o imunizante não seja aplicado de forma obrigatório e também alertado para consequências graves da vacinação. Os testes realizados na fase 2 já mostraram a segurança da CoronaVac e foram publicados na revista científica Lancet.
Produção de doses
Até o final deste mês, o Butantan vai dispor de 10,8 milhões de doses da vacina em solo brasileiro. Amanhã um carregamento com insumos para 5,5 milhões de doses desembarca no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas.
Três remessas anteriores garantiram 3,12 milhões de doses ao Butantan. O novo carregamento é formado por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses. Os carregamentos finais de 2020 estão previstos para os dias 28, com 400 mil doses, e 30, com mais 1,6 milhão de doses.
Vacinação pelo mundo
Por enquanto Arábia Saudita, Canadá, Estados Unidos, China, Rússia e Reino Unido já iniciaram a aplicação de vacinas contra o coronanvírus em sua população. A Suíça foi o primeiro país a autorizar uma vacina de forma padrão, e não de uso emergencial. A vacina da Pfizer começará a ser aplicada nos próximos dias.
Já os 27 países da União Europeia devem começar a vacinar a população em conjunto no dia 27 de dezembro. O Reino Unido, que deixou o bloco, começou a vacinação mais cedo que os países vizinhos.
Na Turquia, o anúncio dos resultados do estudo clínico da CoronaVac é esperado com expectativa. “Estamos aguardando ansiosamente”, escreveu ao UOL o professor Murat Akova, coordenador das pesquisas sobre a vacina no país, integrante do departamento de Doenças Infecciosas da Universidade de Hacettepe, e membro da ESCMID (sigla para Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas).
Segundo Akova, o governo turco planeja iniciar a vacinação em meados de janeiro caso sejam positivos os resultados da fase 3 do estudo da Sinovac e do Instituto Butantan.