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O papel da AAEA e as várias engenharias

O papel da AAEA e as várias engenharias

Fernando Franchi e Áureo Viana falam sobre o mercado atual na rádio 88+FM

 

Mais de 50% do PIB no Brasil tem sua origem na construção civil e no agronegócio. Por conta disso, os entrevistados de Henrique Torres no “Questão de Oportunidade”, da 88+FM de São José do Rio Pardo na sexta-feira da semana anterior, foram o engenheiro agrícola Fernando Franchi e o engenheiro civil Áureo Viana (Nino), respectivamente presidente e vice-presidente da AAEA (Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Vale do Rio Pardo). Os dois falaram sobre a importância da engenharia na economia e as iniciativas que estão tomando para divulgar ainda mais isso.

Nino começou a entrevista revelando que existem hoje no Brasil 34 tipos diferentes de engenharia, desde a engenharia de pesca, engenharia mecânica, engenharia de controle e automação e muitas outras, oferecendo um leque enorme a quem queira seguir a carreira. Fernando continuou o assunto dizendo que os três primeiros anos são geralmente básicos para todos esses cursos, que têm pelo menos cinco anos no total. Nino completou: quase tudo o que os olhos veem tem engenharia, desde a cadeira na qual se senta, até os demais itens com os quais convivemos no dia a dia.

Mercado parado

Ele recordou, no entanto, que entre 2015 e 2016 a construção civil sofreu uma queda no Brasil de 15% e assustou o setor, com reflexos negativos até agora. “O mercado da construção civil hoje está parado. O que deu um aquecimento foi esse financiamento que a Caixa Econômica Federal liberou através da Minha Casa Minha Vida, para casas de até dois quartos. As pessoas estão hoje se adequando ao que recebem e ao que vão fazer pois estão mais com os pés no chão, por não saberem se terão amanhã seu salário”.

Nino assegurou que, mesmo os investidores da construção civil, priorizam agora esse tipo de imóvel, de um ou dois quartos, pois os mais caros estão com o mercado parado. “Os grandes investidores também estão com o pé atrás porque estamos em período de eleição e não se sabe o quer irá acontecer. Vejo muitos investidores hoje segurando tudo para saber o que irá ocorrer e o mercado imobiliário atual também está vendendo apenas aquilo que está atrelado ao Minha Casa Minha Vida”.

Fernando, por seu turno, disse que o agronegócio brasileiro não sofreu tanto com a crise e conseguiu se manter nesses anos de economia frágil, mas os pequenos produtores, como os de São José do Rio Pardo, foram os mais afetados. “Acho que o que mais afeta esse mercado do agronegócio é o baixo consumo interno, já que não há muitas exportações por aqui”, opinou.

Sócios e função

A AAEA, dirigida hoje por Fernando e Áureo Viana, existe há 40 anos e tem procurado ampliar as parcerias entre os diversos setores da engenharia em São José do Rio Pardo e mais seis municípios da região, contando agora com cerca de 150 associados. O CREA SP tem hoje mais de 400 mil engenheiros e mais de 70 mil empresas inscritas.

A função principal do CREA, segundo eles, é fiscalizar a profissão de engenharia e também conscientizar quem atua neste meio, incluindo os construtores. Nino lembra que até o custo final de uma obra pode ser reduzido se um profissional da área for contratado para fazer o projeto, já que não haverá desperdício de material. A AAEA, por sua vez, procura beneficiar os profissionais que lhe são associados, mediante cursos e eventos que os aproximem uns dos outros.

Do dia 1º ao dia 4 de outubro aconteceram cinco palestras na sede da AAEA, no bairro Buenos Aires, sendo este um evento gratuito promovido pela entidade. Fernando explicou que a maior parte das palestras foi voltada para a engenharia civil, mas também houve abordagem sobre os problemas emocionais enfrentados pelos profissionais da área.

Conscientizar

Foi lembrado durante a entrevista que hoje se consome mais do que aquilo que a natureza é capaz de fornecer, seja a água, seja os outros itens vitais da vida humana. E aquilo que é produzido para suprir esta demanda tem custo muito alto, requerendo um trabalho longo de conscientização, a começar pelas crianças. “Temos que passar para elas que é preciso cuidar de tudo porque, se não, vai acabar”, alertou Nino Viana.

No final do programa, ambos se colocaram à disposição da população na AAEA para quaisquer dúvidas, inclusive para ajudar os estudantes que, porventura, queiram fazer vestibular para algum tipo de curso de engenharia disponível no mercado. Nino chegou a dizer que a engenharia ”é fascinante”, mas que os alunos que cogitam seguir a profissão nem sempre têm clareza sobre o que os espera. Nesse sentido, ele e Fernando reiteraram que estão abertos a ser procurados para ajuda-los a se sentirem mais seguros sobre aquilo que pretendem seguir na vida, em termos de profissão. E também se prontificaram em atender a população em geral na sede da AAEA sobre assuntos alusivos a engenharia.

Áureo Viana

 

 

 

É hora de empreender?

Que o mercado de trabalho no Brasil vive momentos difíceis não é novidade, tanto para quem está insatisfeito com o seu emprego, quanto para quem passa dificuldades para consegui-lo. Com este cenário, muitos optam ao empreendedorismo, mas, qual será a hora certa de empreender? Como entrar para este meio e conseguir ser bem-sucedido?

De acordo com o ‘Coach’, empreendedor, associado ‘SBCoaching’, especialista em maximização de resultados de pessoas e empresas, e analista comportamental, Rodolfo Vasconcellos, alguns passos são cruciais para dar esta nova jornada.

“Para início de conversa, nem todo empresário é empreendedor. Abrir uma padaria na mesma rua de um concorrente, sem fazer nenhuma pesquisa de mercado, e sem ter experiência alguma do negócio não é empreendedorismo. Empreender é olhar para frente e buscar oportunidades, ou necessidades dos clientes que não estejam sendo atendidas hoje; é agregar valor para o cliente, não ser mais do mesmo”, ressalta Rodolfo.

O especialista afirma, que os objetivos devem ser traçados, e junto a eles, também deve saber qual a demanda a que se pretende solucionar com o seu produto, ou serviço.

“A partir da definição dos objetivos que se deseja alcançar, e do cliente potencial que pretende atender, o empreendedor deverá buscar as qualificações e as habilidades que precisa para atender seu alvo com mais eficiência e eficácia. No exemplo que dei da padaria, se o empreendedor detectar, que uma necessidade de seu cliente potencial não atendida pela concorrência é a venda de pães e bolos chamados ‘fit’ com preços acessíveis, ele precisará desenvolver tudo o que for necessário para abrir o seu negócio e encantar seu cliente ideal. Neste momento, por exemplo, um ‘Coach’ será muito importante para ajudar o empreendedor a enxergar os pontos cegos e planejar cada passo de forma clara e objetiva, com foco no cliente ideal”, acrescenta.

Vale ressaltar, que o novo passo de empreender exige atenção, pois há fatores que podem atrapalhar, ou fadar o novo negócio ao fracasso.

“Quando me reúno com um potencial cliente e faço perguntas como: “Qual a sua vantagem competitiva? ”, “Qual sua área de excelência? ”, ou “Qual o seu cliente ideal? ”, e não obtenho nenhuma resposta, ou a resposta não é convincente, fica claro que existem sérios problemas que precisam ser resolvidos urgentemente. Uma pessoa com espírito de empreendedor não terá tantas dificuldades neste passo, pois buscará ajuda de um profissional e vai encarar este passo como uma oportunidade de desenvolvimento”, salienta Rodolfo Vasconcellos.

Com estas afirmações, outra questão que surge é de como fazer a análise do mercado na hora de montar o seu próprio negócio, e o que trará o real diferencial em relação aos concorrentes que dará o destaque e sucesso almejados. É neste momento em que o ‘encantar os seus clientes’, se sobressairá do ‘agradá-los’.

“Um empreendedor está sempre olhando para frente, procurando oportunidades, pensando em como pode agregar valor para seus clientes, em encantá-los naquilo que seja realmente importante. Alguns hotéis com quatro, ou cinco estrelas, por exemplo, tentam agradar seus clientes. Uns raros hotéis os encantam verdadeiramente e os fidelizam. Fazem isso, por exemplo, quando deixam registrados em um dossiê personalizado, informações específicas como: refeições preferidas e temperatura de ar condicionado”, exclama.

Por fim, o ‘Coach’ dá uma importante dica: “Encantar o cliente e fidelizá-lo é mais do que somente atender com sorriso no rosto! Uma venda começa bem antes do cliente entrar na loja, e Apple e McDonald’s são excelentes exemplos disso. Conhecer o seu cliente, como se referem a você, o que pensam de você, o que eles querem, entre outras questões essenciais, colocam o empreendedor numa posição de destaque frente um mercado tão competitivo como o atual. Costumo dizer que cliente encantando diminui as chances de ir para a concorrência, mas cliente insatisfeito é certeza de que vai para a concorrência sem peso na consciência. O empreendedor que entende e respeita a jornada do seu cliente sempre estará à frente dos seus concorrentes no mercado. ”

Rodolfo Vasconcellos é Coach, empreendedor, associado da SBCoaching, especialista em maximização de resultados de pessoas e empresas, e analista comportamental.

 

 

 

 

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