por G1
Um novo lote com 3 mil litros de insumos para a produção da CoronaVac, vacina contra a Covid-19, chegou na tarde desta terça-feira (25) ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Segundo o Instituto Butantan, o carregamento de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) vindo da China será suficiente para a produção de 5 milhões de doses da vacina.
No último dia 14 de maio, o Butantan havia suspendido completamente a produção da CoronaVac por falta de matéria-prima. Cidades ao menos 18 estados chegaram a interromper a vacinação com a segunda dose por falta do imunizante.
A partir do momento que o IFA chega no Butantan, aguarda-se, em média, 24 horas para iniciar o envase, segundo o Instituto. Mas o governador João Doria (PSDB) afirmou que a produção deve ser retomada já na madrugada desta quarta-feira (26).
“Os insumos que chegam agora serão processados no Instututo Butantan a partir de já, imediatamente. Eles serão transportados hoje ao Butantan e, nesta madrugada, começamos a produzir essas 5 milhões de doses”, disse Doria em coletiva de imprensa no aeroporto.
O governo de São Paulo estima que novas doses da CoronaVac sejam entregues ao Ministério da Saúde para o Programa Nacional de Imunização (PNI) no prazo máximo de 14 dias. Além do envase, os insumos também passam pelos processos de rotulagem, embalagem e controle de qualidade.
“O Butantan opera 24 horas por dia para dar velocidade à produção de vacinas. No prazo limite de 14 dias nós já estaremos entregando esses 5 milhões de doses da vacina”, disse o governador.
A China é fornecedora de matéria-prima para a produção tanto da CoronaVac, do Instituto Butantan, como da vacina Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fiocruz.
A produção da Fiocruz também foi suspensa por falta de insumos. No sábado (22), chegou no Rio de Janeiro um novo lote de insumos suficiente para 12 milhões de doses. A produção foi retomada nesta terça-feira (25).
Avião com insumos para a produção da CoronaVac chega ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, nesta terça-feira (25). — Foto: Reprodução/TV Globo
Insumos da CoronaVac
Na segunda-feira (17), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chegou a afirmar que o Instituto Butantan iria receber um novo lote com 4 mil litros de matéria-prima para a produção da CoronaVac, mas posteriormente a previsão foi revista para 3 mil litros.
O último carregamento com 1,1 milhão de doses prontas foi entregue ao Ministério da Saúde no dia 14 de maio. O atraso na liberação de exportação da matéria-prima pelo governo Chinês prejudicou o calendário proposto para o PNI.
Segundo o Butantan, os 3 mil litros entregues nesta terça fazem parte de um lote com 10 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) no total, que já foi disponibilizado pela SinoVac e seria suficiente para a produção de 18 milhões de doses da CoronaVac.
O governo estadual atribui os entraves na importação a problemas de diplomacia causados pelo governo federal devido às constantes declarações contra a China.
Doses da CoronaVac — Foto: Instituto Butantan/Divulgação
Calendário de produção
Na sexta-feira (14), o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o montante de 10 mil litros de IFA corresponde ao necessário para produzir o quantitativo de vacinas previstas para serem entregues ao governo federal em maio e junho.
Embora admita atraso nas entregas, Dimas Covas defende que o cronograma poderá ser recuperado no próximo mês, tão logo o insumo chegue ao país.
“Nesse momento o que se atrasa é a previsão. Quer dizer, nós tínhamos em maio a previsão de entregar 12 milhões de doses, e vamos entregar um pouco mais de 5 milhões. Em junho, temos a previsão de 6 milhões de doses. Se o IFA chegar muito rapidamente, vamos cumprir, vamos recuperar o cronograma de maio e vamos cumprir o de junho”.
Contratos com o Ministério da Saúde
O Butantan cumpriu no dia 12 de maio a entrega de todas as 46 milhões de doses da CoronaVac previstas no primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para o PNI.
Inicialmente, o montante total estava previsto para o final de abril, mas houve atraso por conta da falta de matéria-prima.
A última remessa de 1,1 milhão de doses enviada no dia 14 de maip é referente ao segundo contrato de 54 milhões de doses, que devem ser entregues até setembro.
Veja abaixo as entregas de doses do Butantan ao ministério:
- Janeiro: 8,7 milhões
- Fevereiro: 4,583 milhões
- Março: 22,7 milhões
- 5 de abril : 1 milhão
- 7 de abril : 1 milhão
- 12 de abril : 1,5 milhão
- 14 de abril: 1 milhão
- 19 de abril: 700 mil
- 22 de abril: 180 mil
- 30 de abril: 420 mil
- 6 de maio: 1 milhão
- 10 de maio: 2 milhões
- 12 de maio: 1 milhão – totalizando as 46 milhões do primeiro contrato
- 14 de maio: 1,1 milhão
Por Uol
O Brasil registrou 2.198 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total de óbitos pela doença chegou a 452.224. A média móvel de mortes pela doença no Brasil ficou em 1.835.
O dado representa a média diária de óbitos a partir dos números contabilizados nos últimos sete dias. Também foram registrados 74.845 novos casos de coronavírus.
Com isso, o país chegou a um total de 16.195.981 diagnósticos da doença. Os dados são obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.
Os dados não representam quando os óbitos e diagnósticos de fato ocorreram, mas, sim, quando passaram a constar das bases oficiais dos governos.
Seis estados reportaram mais de cem mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. A soma do total de vítimas destes locais (1.501) representa mais do que a metade do total de mortes no país:
São Paulo – 898
Rio Grande do Sul – 156
Rio de Janeiro – 133
Bahia – 107
Ceará – 106
Paraná – 101.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (25) que o Brasil reportou 2.173 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 452.031 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos números da pasta, de ontem para hoje houve 73.453 diagnósticos para o novo coronavírus no Brasil, elevando o total de infectados para 16.194.209 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 14.648.332 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.093.846 em acompanhamento.
Brasil tem mais de 10% da população que tomou a segunda dose de vacinas contra a Covid
Mais de 10% dos brasileiros tomaram a segunda dose de vacinas contra a Covid, que já foi aplicada em 21.214.582 de pessoas, de acordo com novo balanço do consórcio de veículos de imprensa, consolidados às 20h desta terça-feira (25).
A primeira dose já foi aplicada em 42.991.742 de pessoas em todos os estados e no Distrito Federal, o que corresponde a 20,30% da população.
Somando a primeira e a segunda doses, já são 64.206.324 imunizantes aplicados desde o começo da vacinação, em janeiro.
De ontem para hoje, a primeira dose foi aplicada em 451.973 pessoas e a segunda dose em 278.725, com um total de 730.698 doses aplicadas neste intervalo.
A informação é resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, “O Globo”, “Extra”, “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S.Paulo” e UOL. Os dados de vacinação passaram a ser acompanhados a partir de 21 de janeiro.
Brasil, 25 de maio
- Total de pessoas que receberam ao menos uma dose: 42.991.742 (20,30% da população)
- Total de pessoas que receberam duas doses: 21.214.582 (10,02% da população)
- Total de doses aplicadas: 64.206.324 (75,29% das doses distribuídas para os estados)
- Divulgaram dados novos (24 estados e o DF): AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RN, RO, RR, RS, SE, SP e TO
- Divulgaram dados em datas anteriores (2 estados): RJ e SC
Vacinação por estado
Vacinação nos estados nesta terça-feira — Foto: Arte G1
Total de vacinados, segundo os governos, e o percentual em relação à população do estado:
- AC: 1ª dose – 128.198 (14,33%); 2ª dose – 49.861 (5,57%)
- AL: 1ª dose – 634.017(18,92%); 2ª dose – 268.709 (8,02%)
- AM: 1ª dose – 742.892 (17,66%); 2ª dose – 430.187 (10,22%)
- AP: 1ª dose – 120.045 (13,93%); 2ª dose – 54.582 (6,33%)
- BA: 1ª dose – 3.215.470 (21,54%); 2ª dose – 1.454.688 (9,74%)
- CE: 1ª dose – 1.603.002 (17,45%); 2ª dose – 970.054 (10,56%)
- DF: 1ª dose – 603.948 (19,77%); 2ª dose – 308.262 (10,09%)
- ES: 1ª dose – 937.252 (23,06%); 2ª dose – 396.782 (9,76%)
- GO: 1ª dose – 1.317.944 (18,53%); 2ª dose – 621.756 (8,74%)
- MA: 1ª dose – 1.159.916 (16,30%); 2ª dose – 508.314 (7,14%)
- MG: 1ª dose – 4.607.525 (21,64%); 2ª dose – 2.275.299 (10,69%)
- MS: 1ª dose – 736.458 (26,21%); 2ª dose – 350.719 (12,48%)
- MT: 1ª dose – 565.781 (16,04%); 2ª dose – 272.836 (7,74%)
- PA: 1ª dose – 1.327.310 (15,27%); 2ª dose – 713.791 (8,21%)
- PB: 1ª dose – 819.664 (20,29%); 2ª dose – 417.513 (10,34%)
- PE: 1ª dose – 1.702.710 (17,71%); 2ª dose – 881.318 (9,16%)
- PI: 1ª dose – 577.943 (17,61%); 2ª dose – 277.143 (8,45%)
- PR: 1ª dose – 2.304.295 (20,01%); 2ª dose – 1.136.340 (9,87%)
- *RJ: 1ª dose – 3.013.899 (17,35%); 2ª dose – 1.414.968 (8,15%)
- RN: 1ª dose – 657.768 (18,61%); 2ª dose – 342.800 (9,70%)
- RO: 1ª dose – 223.006 (12,41%); 2ª dose – 144.443 (8,04%)
- RR: 1ª dose – 80.113 (12,69%); 2ª dose – 52.652 (8,34%)
- RS: 1ª dose – 2.960.660 (25,92%); 2ª dose – 1.372.109 (12,01%)
- *SC: 1ª dose – 1.484.741 (20,47%); 2ª dose – 705.689 (9,73%)
- SE: 1ª dose – 429.640 (18,53%); 2ª dose – 190.226 (8,20%)
- SP: 1ª dose – 10.777.323 (23,28%); 2ª dose – 5.474.320 (11,83%)
- TO: 1ª dose – 245.661 (15,45%); 2ª dose – 124.543 (7,83%)