Uma obra inacabada da Rodovia Rubens Fernandes de Ávila (SP-211), que liga São José do Rio Pardo a Divinolândia (SP), está causando transtornos para os motoristas e moradores que precisam passar pelo trecho. Buracos e lama são as principais queixas.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), 80% dos serviços foram concluídos e a previsão é que a obra fique pronta até o fim desse mês.
Obra atrasada
A obra da rodovia, que era para ter sido concluída em dezembro do ano passado, custou mais de R$ 1 milhão e prevê uma série de reparos. O trecho tem 13 km de extensão e ganhou o apelido de ‘Estrada da Vergonha’.
“Era para ter feito a remoção do entulho, levar ela na largura original, levantar o leito, 25 cm de cascalho e escoamento das águas”, explicou o fazendeiro Luis Augusto Dias Junqueira.
Até o momento poucos reparos foram realizados. Em alguns trechos há somente a sarjeta, mas sem o cascalho na pista e em outro ponto colocaram restos de concreto para tapar os buracos.
A equipe responsável pelas obras também deixou a tubulação exposta, o que gera riscos de acidentes.
“Muitas vezes tem que arrastar o caminhão de leite, [o caminhão] que vem trazer ração aqui para cima para as granjas e eles pedem para a gente arrastar porque não tem condições”, disse o trabalhador rural Divino dos Santos.
Intransitável
Segundo os moradores, a situação da estrada piora com a chuva. “É difícil, muito buraco, ainda mais hoje que choveu”, disse o caminhoneiro Galvão Braulio.
O funcionário de serviços gerais Tiago José Ranzani fala da dificuldade para descarregar café. “Muito buraco e nessa época quando chove é complicado, às vezes nem dá para trabalhar direito”, contou.
Com a chuva, a lama toma conta da estrada e a rodovia fica intransitável até para o transporte de serviços essenciais.
“Nem ambulância socorre aqui mais. Eu tenho esses dois [filhos] que são especiais e às vezes você chama ambulância e eles falam que a estrada está péssima e não pode ir ambulância”, disse a dona de casa Vera Lúcia de Araujo.
A obra inacabada também impede a passagem de ônibus escolar. “Geralmente quando chove muito o escolar não passa, larga as crianças lá no asfalto e tem que ficar buscando”, contou a trabalhadora rural Lisandra da Silva João.
“Estou aqui nessa propriedade há mais de 15 anos e agora ao invés de melhorar está ficando muito pior, fora que é uma bagunça com o dinheiro. É um dinheiro que a gente paga, que a gente deveria ter uma melhoria, mas só piora”, disse o agricultor Luis Carlos Moreno.
Fonte: G1