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Doria diz que Butantan receberá da China 4 mil litros de insumos para CoronaVac em 26 de maio. Confiram os números nacionais da covid-19

Por G1

China anuncia apoio à quebra de patentes das vacinas contra Covid-19

A China apoia o apelo dos países em desenvolvimento pela renúncia aos direitos de propriedade intelectual sobre as vacinas contra a Covid-19, disse nesta segunda-feira (17) o Ministério das Relações Exteriores chinês.

O porta-voz do ministério Zhao Lijian fez a declaração durante uma entrevista coletiva.

Índia e África do Sul defenderam ano passado na Organização Mundial do Comércio (OMC) a quebra da patente de vacinas como uma maneira de reforçar a produção e garantir que o mundo seja atendido.

O debate em torno do assunto ganhou força este mês, quando o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apoiou a ideia, desde que passasse pela OMC.

O Brasil, que tradicionalmente apoiava a quebra de patentes para medicamentos – foi assim com relação a drogas contra o HIV, por exemplo –, se posicionou contra a suspensão no caso das vacinas anticovid, em linha com a postura adotada pelo governo dos EUA durante a gestão de Donald Trump.

Em abril, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, já havia dito não considerar a possibilidade de quebra de patentes como caminho mais eficaz para acelerar a vacinação no país, segundo. E, mais recentemente, ele afirmou que a posição se mantém, mesmo com a mudança do governo americano. Segundo o chanceler brasileiro, o maior gargalo hoje para o acesso a vacinas e insumos são os limites materiais da capacidade de produção, não os parâmetros relacionados à quebra de propriedade intelectual.

Ex-diretor da Anvisa: ‘Quebrar a patente não significa ter acesso ao conhecimento’

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França acrescentou, porém, que o Brasil analisaria a nova posição americana e afirmou que, se for para atender aos interesses do país, o governo pode mudar de opinião.

Doria diz que Butantan receberá da China 4 mil litros de insumos para CoronaVac em 26 de maio

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (17) que o Instituto Butantan deve receber um novo lote com 4 mil litros de matéria-prima para a produção da CoronaVac, vacina contra a Covid-19, em 26 de maio.

“Boa notícia! O Butantan recebeu nesta manhã da China a previsão do envio de nova remessa de insumos ao Brasil para produção da Vacina do Butantan. A chegada do novo lote com 4 mil litros de insumos, capazes de produzir 7 milhões de doses da vacina, está prevista para o dia 26/05”, disse o governador nas redes sociais.

Na última sexta-feira (14), o Instituto Butantan suspendeu completamente a produção da vacina por falta de matéria-prima após entregar o último lote com 1,1 milhão de doses prontas ao Ministério da Saúde. (Assista ao vídeo da entrega abaixo).

Segundo o Butantan, há um lote com 10 mil litros de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) aguardando a liberação do governo chinês para ser exportado ao Brasil, que seria suficiente para a produção de 18 milhões de doses da CoronaVac.

Doria não informou qual a previsão para a entrega dos 6 mil litros de IFA restantes, que completam o total em negociação.

Mais cedo, em coletiva de imprensa, o governador afirmou que mantém o contato direto com o governo chinês para a liberação da matéria-prima o mais rápido possível.

“Os insumos estão prontos, acondicionados em containers refrigerados, protegidos, aguardando a autorização do governo da China. Mas temos uma boa expectativa, fruto dos entendimentos que nós diretamente realizamos de sexta-feira até hoje”, disse Doria.

O governo estadual atribui os entraves na importação às constantes declarações contra a China feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A China é fornecedora de matéria-prima para a produção tanto da CoronaVac, do Instituto Butantan, como da vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz.

Nesta segunda-feira (17), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou que os dois próximos lotes de IFA para a vacina produzida pela Fiocruz devem ser enviados ao Brasil na próxima sexta-feira dia (21). Sobre a CoronaVac, Cruz disse que os insumos devem chegar “por volta do dia 25”.

Calendário de produção

VÍDEO: Butantan entrega lote de 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e paralisa produção da vacina

VÍDEO: Butantan entrega lote de 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e paralisa produção da vacina

Na sexta-feira (14), o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que o montante de 10 mil litros de IFA corresponde ao necessário para produzir o quantitativo de vacinas previstas para serem entregues ao governo federal em maio e junho.

Embora admita atraso nas entregas, Dimas Covas defende que o cronograma poderá ser recuperado no próximo mês, tão logo o insumo chegue ao país.

“Nesse momento o que se atrasa é a previsão. Quer dizer, nós tínhamos em maio a previsão de entregar 12 milhões de doses, e vamos entregar um pouco mais de 5 milhões. Em junho, temos a previsão de 6 milhões de doses. Se o IFA chegar muito rapidamente, vamos cumprir, vamos recuperar o cronograma de maio e vamos cumprir o de junho”.

Impacto no estado de SP

Durante a coletiva desta sexta, a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula, disse que a vacinação contra a Covid no estado de São Paulo poderá ter o ritmo afetado, mas espera que não seja necessário paralisar a imunização.

“Quando nós vamos parar? Esperamos de fato que o Programa Estadual de Imunização do estado de São Paulo não pare. Podemos diminuir o ritmo, mas nós, até o momento, não paramos, como nenhuma outra capital. Podemos diminuir o ritmo, mas esperamos que o governo federal se sensibilize com todos os brasileiros e tome as atitudes que deve tomar”, afirmou.

Ainda de acordo com ao coordenadora, a Secretaria Estadual da Saúde trabalha para evitar alterações no calendário de vacinação já divulgado pelo governo.

“Nesse momento, nós estamos trabalhando com muito planejamento para que a gente não tenha, do que já foi anunciado, nenhum tipo de perda, não possamos cumprir com o aquilo que foi anunciado. Temos isso muito criteriosamente, mas precisamos de mais vacinas”, completou.

Governador João Doria e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a liberação de doses da CoronaVac — Foto: Reprodução/TV Globo

Governador João Doria e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam a liberação de doses da CoronaVac — Foto: Reprodução/TV Globo

Sinalização positiva

Na sexta (14), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a chegada, no próximo dia 22, de mais uma remessa de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA). Outra carga de IFA segue prevista para o dia 29.

Dimas Covas defendeu que a liberação para a Fiocruz representa uma sinalização positiva do governo chinês, e espera conseguir autorização de envio dos lotes da CoronaVac nos próximos dias.

“No dia de hoje eu já conversei com os chineses e não houve de fato a liberação. Existe a noticia oficial da Fiocruz, que ela teve uma liberação para embarque no dia 22. É uma boa notícia. Quer dizer, se começou a liberar, então, é possível que a gente também tenha uma boa notícia”, afirmou.

Pelo menos 15 estados já suspenderam a aplicação da primeira ou da segunda dose do imunizante por falta de vacina.

Butantan suspende nessa sexta-feira produção da CoronaVac

Butantan suspende nessa sexta-feira produção da CoronaVac

Produção no Brasil

No final de abril, o instituto já havia suspendido o envase do imunizante na fábrica do Brasil, mas os setores de rotulagem e controle de qualidade ainda funcionavam para entregar as últimas doses para o Ministério da Saúde.

O Butantan é parceiro do laboratório chinês Sinovac, e responsável pela última etapa de produção da vacina no Brasil, que consiste no envase, na rotulagem e no controle de qualidade das doses.

Com a entrega de sexta para o governo federal, não há mais material para processamento em nenhuma etapa de produção.

De acordo com o Butantan, até a chegada de novos lotes do IFA, os setores assumem a produção da vacina da gripe.

Ataques à China

O governo de São Paulo tem participado de reuniões com o embaixador do Brasil na China para tentar viabilizar a autorização para a exportação dos insumos da vacina.

Doria atribui os entraves na importação às constantes declarações contra a China feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“É muito ruim quando temos um país cujo presidente agride outro país no momento em que mais precisamos de vacinas”, disse Doria.

A CoronaVac corresponde a aproximadamente 75% das vacinas contra a Covid aplicadas no Programa Nacional de Imunização (PNI).

No estado de São Paulo, ao menos 75 cidades já interromperam a aplicação da segunda dose por falta da CoronaVac, segundo levantamento da GloboNews.

Contratos com o Ministério da Saúde

O Butantan cumpriu na quarta-feira (12) a entrega de todas as 46 milhões de doses da CoronaVac previstas no primeiro contrato firmado com o Ministério da Saúde para o PNI.

Inicialmente, o montante total estava previsto para o final de abril, mas houve atraso por conta da falta de matéria-prima.

A remessa de 1,1 milhão de doses enviada nesta sexta (14) já é referente ao segundo contrato de 54 milhões de doses que devem ser entregues até setembro.

Veja abaixo as entregas de doses do Butantan ao ministério:

  • Janeiro: 8,7 milhões
  • Fevereiro: 4,583 milhões
  • Março: 22,7 milhões
  • 5 de abril : 1 milhão
  • 7 de abril : 1 milhão
  • 12 de abril : 1,5 milhão
  • 14 de abril: 1 milhão
  • 19 de abril: 700 mil
  • 22 de abril: 180 mil
  • 30 de abril: 420 mil
  • 6 de maio: 1 milhão
  • 10 de maio: 2 milhões
  • 12 de maio: 1 milhão – totalizando as 46 milhões do primeiro contrato
  • 14 de maio: 1,1 milhão

Brasil volta a ter aumento na média móvel de mortes por Covid, com 1.918 vítimas por dia na última semana

O Brasil registrou 1.039 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando nesta segunda-feira (17) 436.862 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 1.918 –maior que a da véspera. Houve aumento na média pelo 2º dia seguido, depois de um período de 15 dias em queda. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -19%, indicando tendência de queda nos óbitos decorrentes do vírus.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h desta segunda. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

O Brasil completa agora 117 dias com a média móvel de mortes acima da marca de 1 mil. De março até o dia 10 de maio, foram 55 dias seguidos com essa média acima da marca de 2 mil. Completamos agora uma semana com a média abaixo dessa marca.

Veja a sequência da última semana na média móvel:

  • Terça (11): 1.980
  • Quarta (12): 1.944
  • Quinta (13): 1.917
  • Sexta (14): 1.913
  • Sábado (15): 1.910
  • Domingo (16): 1.915
  • Segunda (17): 1.918

Apenas um estado apresenta tendência de alta nas mortes: GO.

Em casos confirmados, desde o começo da pandemia 15.661.106 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 35.888 desses confirmados no último dia. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 63.868 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +8% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de estabilidade também nos diagnósticos.

Desde segunda (10), a média móvel de casos vem subindo um pouco a cada dia. Há 28 dias, essa média aparece em torno de 60 mil diagnósticos diários. Ela tem subido e descido na faixa entre 55 mil e 65 mil desde o dia 20 de abril –diferente da média de mortes, que no mesmo período caiu em quase 1/3.

Brasil, 17 de maio

  • Total de mortes: 436.862
  • Registro de mortes em 24 horas: 1.039
  • Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 1.918 (variação em 14 dias: -19%)
  • Total de casos confirmados: 15.661.106
  • Registro de casos confirmados em 24 horas: 35.888
  • Média de novos casos nos últimos 7 dias: 63.868 por dia (variação em 14 dias: +8%)
  • 14.152.433 milhões de pessoas estão recuperadas no Brasil

Brasil aplicou ao menos uma dose de vacina contra Covid em 39,2 milhões de pessoas, aponta consórcio de veículos de imprensa

Balanço da vacinação contra Covid-19 nesta segunda-feira (17) aponta que 39.263.416 pessoas já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19, segundo dados divulgados até as 20h. O número representa 18,54% da população brasileira.

A segunda dose já foi aplicada em 19.423.560 pessoas (9,17% da população do país) em todos os estados e no Distrito Federal.

No total, 58.686.976 doses foram aplicadas em todo o país.

De ontem para hoje, a primeira dose foi aplicada em 507.385 pessoas e a segunda dose em 248.519, com um total de 755.904 doses aplicadas neste intervalo.

A informação é resultado de uma parceria do consórcio de veículos de imprensa, formado por G1, “O Globo”, “Extra”, “O Estado de S.Paulo”, “Folha de S.Paulo” e UOL. Os dados de vacinação passaram a ser acompanhados a partir de 21 de janeiro.

Brasil, 17 de maio

  • Total de pessoas que receberam ao menos uma dose: 39.263.416 (18,54% da população)
  • Total de pessoas que receberam duas doses: 19.423.560 (9,17% da população)
  • Total de doses aplicadas: 58.686.976 (74,89% das doses distribuídas para os estados)
  • Divulgaram dados novos (23 estados e o DF):AC, AL, AM, AP, BA, CE, DF, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, PR, RJ, RN, RO, RR, RS, SE e SP
  • Divulgaram dados em dias anteriores (2 estados): SC e TO

Vacinação por estado

Total de vacinados, segundo os governos, e o percentual em relação à população do estado:

  • AC: 1ª dose – 109.123 (12,20%); 2ª dose – 44.524 (4,98%)
  • AL: 1ª dose – 550.484 (16,42%); 2ª dose – 247.880 (7,40%)
  • AM: 1ª dose – 666.822 (15,85%); 2ª dose – 388.260 (9,23%)
  • AP: 1ª dose – 108.834 (12,63%); 2ª dose – 47.336 (5,49%)
  • BA: 1ª dose – 2.983.765 (19,98%); 2ª dose – 1.376.578 (9,22%)
  • CE: 1ª dose – 1.479.368 (16,10%); 2ª dose – 866.397 (9,43%)
  • DF: 1ª dose – 559.773 (18,32%); 2ª dose – 293.751 (9,61%)
  • ES: 1ª dose – 839.367 (20,65%); 2ª dose – 303.405 (7,47%)
  • GO: 1ª dose – 1.168.842 (16,43%); 2ª dose – 579.267 (8,14%)
  • MA: 1ª dose – 1.070.637 (15,05%); 2ª dose – 473.651 (6,66%)
  • MG: 1ª dose – 4.104.018 (19,27%); 2ª dose – 2.041.261 (9,59%)
  • MS: 1ª dose – 666.186 (23,71%); 2ª dose – 279.833 (9,96%)
  • MT: 1ª dose – 512.696 (14,54%); 2ª dose – 243.676 (6,91%)
  • PA: 1ª dose – 1.300.542 (14,96%); 2ª dose – 645.296 (7,43%)
  • PB: 1ª dose – 771.147 (19,09%); 2ª dose – 387.432 (9,59%)
  • PE: 1ª dose – 1.575.379 (16,38%); 2ª dose – 804.108 (8,36%)
  • PI: 1ª dose – 529.633 (16,14%); 2ª dose – 261.459 (7,97%)
  • PR: 1ª dose – 2.145.274 (18,63%); 2ª dose – 1.109.785 (9,64%)
  • RJ: 1ª dose – 2.916.588 (16,79%); 2ª dose – 1.369.038 (7,88%)
  • RN: 1ª dose – 589.958 (16,69%); 2ª dose – 297.853 (8,43%)
  • RO: 1ª dose – 219.576 (12,22%); 2ª dose – 111.907 (6,23%)
  • RR: 1ª dose – 74.578 (11,82%); 2ª dose – 51.679 (8,19%)
  • RS: 1ª dose – 2.735.570 (23,95%); 2ª dose – 1.151.499 (10,08%)
  • *SC: 1ª dose – 1.319.788 (18,2%); 2ª dose – 685.309 (9,45%)
  • SE: 1ª dose – 375.773 (16,21%); 2ª dose – 175.619 (7,57%)
  • SP: 1ª dose – 9.674.086 (20,90%); 2ª dose – 5.068.693 (10,95%)
  • *TO: 1ª dose – 215.627 (13,56%); 2ª dose – 118.064 (7,42%)

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